Para EMS, Santander e Amil, recursos do equipamento
vão ajudar as equipes de venda a melhorar desempenho
A chegada da nova geração dos tablets, que atraíram a atenção dos consumidores a partir do iPad, lançado pela Apple no último ano, teve reflexos imediatos nas empresas brasileiras.
Elas não aceitaram esperar a criação de equipamentos voltados ao público corporativo para subir na onda e já começam o desembolso para incluir essa nova ferramenta em suas redes.
O interesse dos executivos pelos dispositivos e de aproveitar seus recursos no ambiente de trabalho casou com os planos de dar mobilidade aos funcionários em muitas organizações, como é o caso do banco Santander. Na instituição financeira, os tablets se infiltraram por meio do alto escalão.
"Foi um fenômeno que veio de fora para dentro. Muitos executivos trouxeram iPads de viagens e pediram para conectá-los à rede corporativa", afirma o diretor executivo de tecnologia do banco, Cláudio Prado.
Hoje há mais de 50 iPads, quase todos adquiridos pelos próprios executivos, com acesso a sistemas do banco, em especial, ao correio eletrônico. "Eles ocupam um pouco do espaço do computador e do Blackberry (smartphone da Research in Motion)", diz Prado. "Eu mesmo levo o meu iPad e uma caneta especial para fazer anotações nas reuniões e aposentei meu moleskine (caderno de anotações italiano)", afirma.
A novidade se transformou em oportunidade para o banco testar e analisar a adoção dos tablets como aparelhos de suas equipes de vendas, utilizando recursos de geolocalização dos dispositivos, por exemplo. "O tablet é uma revolução. Integrado com a virtualização dos computadores, as pessoas poderão acessar por tablet o seu terminal fixo", diz.
Tchau, papel
A farmacêutica EMS também aposta suas fichas nos tablets. O equipamento está sendo usado para abolir o material impresso que a força de vendas da empresa leva em visitas a consultórios médicos. Até o fim de janeiro, 1,5 mil vendedores do laboratório farmacêutico usarão o iPad, gerando uma economia para a EMS de R$ 4,2 milhões por ano, valor gasto com impressão e distribuição de panfletos e folhetos.
A empresa investiu R$ 2 milhões no projeto, que teve três fases, com início em setembro do ano passado e será concluído no fim deste mês.
De acordo com Waldir Esch ber ger Júnior, vice-presidente de marketing da EMS, além do benefício ecológico e do impacto positivo no orçamento, o uso dos iPads torna mais simples a atualização e o acesso a informações sobre o portfólio do laboratório.
No futuro, será possível identificar a localização do representante comercial a partir do equipamento e os relatórios de visitas da força de vendas serão enviados à EMS pela internet, deixando também de serem impressos.
Ainda na área médica, a Amil está dando acesso por tablet a seus sistemas corporativos. Por enquanto, 90 dos 300 funcionários que já utilizavam aparelhos móveis passaram agora para esses dispositivos. Num primeiro momento, os sistemas que tratam de dados de gestão de saúde foram adaptados para o acesso a partir de tablets, afirma o diretor de tecnologia da informação da Amil, Telmo Pereira.
"Nossos gestores de hospitais conseguem ver o tempo médio dos atendimentos, a taxa de ocupação de leitos e os atendimentos prestados a cada segurado, por exemplo. Os médicos podem até ser informados quando um paciente de alto risco dá entrada num hospital", afirma. "A mobilidade não é moda. O mundo é online e móvel", diz.
Adeus, notebooks
A Cyberlynxx, integradora de sistemas de tecnologia da informação, está testando o uso do iPad por dez funcionários de sua força de vendas. De acordo com Marcelo Astrachan, presidente da empresa, a intenção é avaliar o uso dos tablets como alternativa aos notebooks. "O foco na área comercial neste momento é o tablet, porque dá mais mobilidade e praticidade", diz.
Fonte: Portal Brasil Econômico
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