20100624

Vamos fazer barulho no Twitter para sermos ouvidos

Já que temos a chance, vamos mostrar que estamos cheios de promessas não cumpridas, atendimentos insatisfatórios, propagandas enganosas, TV sem conteúdo, falta de ética de governantes, descaso com educação, saúde e segurança, impostos abusivos...

Por Fabio Witzki

O Twitter é uma ferramenta virtual, mas os movimentos de twitteiros parecem manifestos reais de cara-pintadas, gritando versos de protestos, de mão fechada e braço erguido em sinal de luta. O miniblog virou um pátio secundário onde se encontra uma nação de ípisilons (leia-se jovens da geração Y).

Eu sou da geração Y considerando o meu ano de nascimento, mas só por isso. Aprendi numa educação da geração “B” (beta) que é errado xingar os outros, sejam eles mais velhos, mais novos ou da mesma idade. Mas tudo bem. O tempo passa, o tempo voa e agora a palavra de ordem é expressar o que sentimos, unir nossa voz a de milhares (seriam milhões?) de twitteros de todas gerações do alfabeto e xingar muito no Twitter.

Mostrar que estamos cheios de promessas não cumpridas, atendimentos insatisfatórios, telemarketings inconvenientes, propagandas enganosas, comerciais indecentes, programação da TV sem conteúdo, falta de ética dos nossos governantes, descaso com as necessidades básicas, educação nota zero, falta de estrutura básica na saúde e na segurança, impostos abusivos, apresentadores chatos que não “largam o osso” e, por que não?, com a seleção ou o técnico que deixou o Ganso de fora.

Seja qual for a tua reclamação, o Twitter está aí para isso mesmo. Xingue à vontade com os caracteres certos (sem ofender ninguém). Meu senão é sobre a profundidade que esses protestos podem alcançar. Pode ser bem fundo na quantidade de vozes, mas, raso na efetividade. Teria o Twitter a capacidade de impeachment que tiveram os cara-pintadas? Poderia ele fechar uma fábrica de tênis? Ele consegue me impedir de comer aquelas promoções de hambúrguer, fritas e refrigerante? O tempo dirá. 

Vou deixar uma reflexão.

Mais um processo democrático está chegando. É a hora e a vez do Twitter mostrar para que veio. Ele pode ser uma ferramenta de promoção política, se os concorrentes do páreo parafrasearem Obama. Pode ser também que o bloguinho se torne numa ferramenta de consciência política que ficaria inquieta durante os pleitos, mostrando feridas e fazendo luz sobre os bons projetos de governo.

Eu vou xingar muito no Twitter quando meu programa favorito for cortado no meio pela propaganda política. Tudo que eu quero saber sobre meus candidatos procuro na internet. Vejo o histórico e acompanho as notícias sobre eles. É isso. 

Seja qual for a sua geração, experimente o Twitter, siga quem merece ser seguido (eu). Consiga seguidores relevantes e retwitte aquilo que faz a diferença. Só não vale escrever um texto grande como esse.  
Fonte: Webinsider

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